Visitas técnicas movimentam cursos técnicos e superiores
O primeiro semestre letivo de 2019 no Câmpus Votuporanga marca o crescimento das visitas técnicas como recurso para aprofundamento curricular dos cursos técnicos e superiores. Ao todo, até a data de hoje, foram 9 visitas, entre usinas, indústrias, instituições acadêmicas e exposições, envolvendo diversas turmas e disciplinas.
No IFSP, a coordenação de Extensão é responsável por gerir o cadastramento das visitas técnicas nos câmpus. Na avaliação do Prof. Dr. Carlos Eduardo Maia de Oliveira, coordenador do setor em Votuporanga, o crescimento do número das visitas representa a determinação do corpo docente em oferecer formação conectada com a prática. “Os locais escolhidos para a realização de visitas técnicas evidenciam a preocupação dos nossos docentes em complementar o ensino teórico, ministrado em sala de aula, com a prática vivenciada no arranjo produtivo, conferindo aos nossos discentes experiências marcantes que os motivam na aprendizagem de conhecimentos técnicos”, afirma o coordenador.
A estudante Thaís Vitória da Silva Costa, ingressante no Técnico em Mecânica, curso que fez visita a uma metalúrgica, destaca as mulheres nesse ramo. “Fiquei admirada com a forma com que a Tecnologia ocupa espaço no funcionamento de máquinas, com a dedicação dos funcionários na fabricação dos produtos, e principalmente, com a atuação das mulheres na empresa”.
Técnico em Mecânica
A visita ocorreu no dia 22 de maio na Alpha Indústria Metalúrgica, na cidade de Urânia-SP, sob a supervisão do Prof. Dr. José Ricardo Camilo Pinto, coordenador do curso, em colaboração com o Prof. Dr. Ricardo Gratão Gregui e o Técnico em Laboratório Leonardo Vicentim de Matos.
A empresa e os respectivos setores produtivos foram apresentados pelo Gerente da Qualidade Emerson de Matos Barreto, que conduziu a delegação para acompanhar corte, dobra, estampagem, soldagem, usinagem e metrologia. Segundo o gerente, “essas oportunidades permitem criar profissionais que possam somar no mercado”.
O coordenador, professor José Camilo, destaca a qualidade da oportunidade concedida pela empresa e acredita que a visita foi positiva, pois “permitiu aos estudantes vivenciar as atividades produtivas da empresa, o conhecimento do ambiente empresarial e a correlação entre a teoria e a prática, o que é muito importante na formação profissional”. Com o professor, concorda o estudante Jânio Ribeiro Araujo, para quem “a visita técnica possibilitou uma nova experiência para a compreensão dos processos de fabricação utilizados em uma metalúrgica”.
Engenharia Civil
Estudantes do terceiro ano (5º Semestre) de Engenharia Civil participaram de Visita Técnica a uma empresa de mineração no município de Monções-SP, no dia 26 de março, na disciplina de Geologia.
Um dia antes, um outro grupo, do 9º semestre (último ano), esteve em Campinas nas obras do Sistema BRT (Bus Rapid Transit, transporte rápido por ônibus), acompanhados pelos professores Me. Domício Moreira da Silva Júnior, que leciona no curso e é coordenador de Pesquisa e Inovação, e Dr. Gustavo Cabrelli Nirschl, organizador da visita.
No dia 12 de abril, foi a vez de uma delegação conjunta Votuporanga/Ilha Solteira visitar a Feicon Batimat 2019. Embora não tenha sido cadastrada como Visita Técnica, os estudantes presentes puderam tomar parte de tendências, soluções, produtos e lançamentos no mercado de construção civil. A organização ficou por conta da Profª Drª Mara Regina Pagliuso Rodrigues, coordenadora do curso.
Engenharia Elétrica e Técnico em Eletrotécnica
ISA CTEEP, AES Corporation e Tereos Açúcar & Energia Brasil:
O Prof. Dr. Claudiner Mendes Seixas, que leciona no curso de Engenharia Elétrica e coordena o de Técnico em Eletrotécnica, organizou, entre abril e maio, sequência de visitas técnicas para a vivência prática sobre geração, transmissão e consumo de energia. A primeira atividade ocorreu na CTEEP, em 6 de abril, com estudantes do terceiro módulo do curso Técnico em Eletrotécnica e do quinto semestre do curso de Engenharia Elétrica, com foco na transmissão de energia elétrica do país dentro do definido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Em maio, no dia 21, foram visitadas a Usina Hidrelétrica de Àgua Vermelha (controlada pela AES Corporation), em Iturama-MG, e a unidade industrial da Tereos Açúcar & Energia Brasil (Grupo Guarani) em Tanabi-SP.
Água Vermelha, construída entre 1970 a 1973, tem uma área alagada de 647 km2 e capacidade de geração de 1.396.200 Megawatt-hora. Já a usina de Tanabi, na condição de consumidora de energia, também é uma geradora de energia elétrica porque possui usina termoelétrica, cuja matéria-prima é o bagaço, resultante da moagem da cana para a fabricação de açúcar e álcool.
O professor Claudiner Seixas conta que, durante as visitas, os estudantes puderam formular questionamentos sobre funcionamento e particularidades. “As dúvidas foram sanadas com os esclarecimentos feitos pelos anfitriões e pela própria comprovação prática advinda da observação”, complementa o docente.
Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira e Unesp:
O primeiro semestre do curso de Engenharia Elétrica participou das ações no dia 23 de maio, na cidade de Ilha Solteira-SP, visitando a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Câmpus Ilha Solteira (UNESP-FEIS-DEE), e a usina hidrelétrica, inaugurada em 1973 e hoje sob controle do grupo chinês CTG Brasil.
A usina, localizada no Rio Paraná, entre os municípios de Ilha Solteira-SP e Selvíria-MS, possui capacidade de geração de 3.444 Megawatt-horas, sendo a maior estado de São Paulo, podendo suprir a demanda energética da cidade de São Paulo. Segundo o professor Claudiner, apenas uma de suas 20 unidades geradoras é capaz de suprir o consumo de uma cidade do porte de São José do Rio Preto, capital regional do noroeste paulista.
Os estudantes conheceram todo o processo de geração de energia, seus níveis de tensão e visualizaram tanto os equipamentos como o centro de controle da usina. No período da tarde, ocorreu a visita a UNESP, oportunidade para experiências com a estrutura laboratorial da universidade contato direto com pesquisadores, promovendo integração, além de uma nova visão sobre projetos e como são desenvolvidos.
Ensino Médio Integrado: Edificações, Informática e Mecatrônica
A “Feira USP e as Profissões Interior” é parte integrante do Programa USP e as Profissões, promovido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da instituição paulista, e ocorre todos os anos em Ribeirão Preto.
Os terceiros anos dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio visitaram a feira no dia 30 de maio, tendo contato com os estandes dos cursos oferecidos pela universidade, conversando com funcionários, estudantes e professores. Além disso, atividades culturais e artísticas envolveram o público presente no evento. Ao todo, a USP oferece 3.500 vagas nos cursos expostos.
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