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PORTARIA Nº 65/2024 - DRG/VTP/IFSP DE 14 DE AGOSTO DE 2024

Publicado: Quarta, 14 de Agosto de 2024, 12h10 | Última atualização em Quarta, 14 de Agosto de 2024, 19h30 | Acessos: 60

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O DIRETOR-GERAL DO CAMPUS VOTUPORANGA DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO, designado pela portaria de nº 2.407 de 08 de abril de 2021, no uso de suas atribuições regulamentares, com base na Portaria nº 3.903, de 04 de novembro de 2015, RESOLVE:

Art. 1º - APROVAR a definição de procedimentos adicionais no processamento técnico dos livros da Biblioteca do Campus Votuporanga do IFSP - Complemento ao Manual de Processamento Técnico dos Acervos das Bibliotecas do IFSP (Portaria n° 2.660/2015), conforme Anexo I. 

Art. 2º - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

 

Assinado eletronicamente

Ricardo Teixeira Domingues

Diretor-Geral

 
 

Anexo I

1 O Manual de Processamento Técnico dos Acervos das Bibliotecas do IFSP (Portaria n° 2.660, de 31 de agosto de 2015), no item 2.6, que trata sobre a notação de autor, explica que a notação de autor deve ser atribuída por meio da tabela Cutter-Sanborn, sendo que deve-se considerar os 3 primeiros algarismos da tabela. Porém, o manual não prevê como ficará a notação quando os autores tiverem o mesmo sobrenome e suas obras estiverem sob a mesma classificação.  

Assim sendo, este documento tem por objetivo estabelecer como a Biblioteca do Campus Votuporanga do IFSP irá proceder quando esta situação ocorrer.

2 O objetivo do número de chamada é individualizar a obra e permitir sua organização para recuperação física nas estantes, assim sendo cada obra deve ter um número de chamada único. Considerando-se este princípio e a terceira regra da Tabela Cutter-Sanborn (1976), que expõe que nestes casos deve-se adicionar um número de 1 a 9 à notação, na Biblioteca do Campus Votuporanga, o cutter terá 4 ou mais algarismos quando diferentes autores possuírem o mesmo sobrenome, suas obras estiverem sob o mesmo número de classificação e ficarem intercaladas na estante, perdendo a relação autor - obra. Tonello (2020, p. 29) explica que a tabela “recomenda que seja o número 5, pois este garante um bom espaço para ambos os lados para interpolação, quando necessário. Os números 1 e 9 devem ser evitados. Por exemplo, ‘Bruck, John’ encontra-se sob B888, ‘Brucken, Paul’ compartilha o mesmo número, caso fosse adicionado sob o mesmo número de classificação necessitaria de uma diferenciação. Seguindo a regra ‘Brucken, Paul’ ficaria sob o número B8885.”

 

3 O número de chamada é composto por dados das obras que as individualizam (classificação, notação de autor, edição, volume, reimpressão e número do exemplar) e sua organização nas estantes considera a ordem numérica crescente e alfabética, desta forma deve-se considerar estes dois critérios para a adição de um dígito na notação do Cutter. Portanto, para que os números a serem adicionados no caso de autores diferentes com sobrenomes iguais e obras sob a mesma classificação, não sejam aleatórios e, desta forma, sigam um padrão, adaptou-se a tabela de Lehnus, que em 1978 propôs uma tabela de conversão da entrada principal de autoria em notação de autor: 

Tabela 1 - Conversão das letras do nome do autor em número

Primeira letra do nome do autor

Número a ser adicionado

A, B, C

1

D, E, F

2

G, H, I, J

3

K, L

4

M, N, O 

5

P, Q, R

6

S, T

7

U, V, W

8

X, Y, Z

9

Fonte: Adaptada de Lehnus (1978 apud Tornello, 2020, p. 44)

 

3.1 Com base na tabela 1, deve-se prosseguir da seguinte forma quando ocorrer de ter autores diferentes com sobrenomes iguais e obras destes autores sob a mesma classificação e, que portanto, possuem a mesma notação conforme a tabela Cutter-Sanborn: 

 

3.1.1 Consultar a planilha atualizada em pasta devidamente compartilhada com a equipe por meio do drive que estiver em uso (atualmente é o Google Drive); 

3.1.2 Verificar se o autor da obra a ser catalogada se enquadra na situação descrita neste documento. Para tal, recomenda-se a conferência nas estantes e/ou uma pesquisa pelo autor no Catálogo para verificar se a biblioteca já possui obras do autor ou de autores com o mesmo sobrenome; 

3.1.3 Utilizar a tabela Cutter-Sanborn para definir a notação do autor;

3.1.4 À notação definida pela tabela, deve ser adicionado um número, considerando-se a primeira letra do nome do autor, conforme a tabela 1, adaptada de Lehnus (1978 apud Tornello, 2020, p. 44). 

 

Exemplo: 

Júlia Lopes de Almeida

Lúcia Machado de Almeida

Manuel Antônio de Almeida 

 

Os três autores possuem a mesma notação: A447

As obras dos três autores estão sob a mesma classificação: 869.89923  

Caso seja mantido desta forma (classificação e cutter iguais), os livros perderão o sentido da relação assunto - autor, pois as obras ficarão intercaladas na estante.

Portanto, nos termos deste documento, a notação fica da seguinte forma: 

Júlia Lopes de Almeida

A4473

Pois: 

Na tabela Cutter-Sanborn, Almeida é A447

Na tabela adaptada de Lehnus (1978), a primeira letra do nome da autora (J) é 3 

Portanto: A4473

3.1.4.1 Caso tivesse outro(a) autor(a) com o nome iniciado em J, seria acrescentado um novo dígito à essa notação considerando-se:

a) o segundo nome (para nomes compostos); ou

b) o primeiro sobrenome; ou

c) a segunda letra do nome.

Portanto, nestes termos, se fossemos alterar a notação da autora Júlia Lopes de Almeida, ficaria da seguinte forma: A44734 

Pois: 

Na tabela Cutter-Sanborn, Almeida é A447

Na tabela adaptada de Lehnus (1978), a primeira letra do nome da autora (J) é 3 

Na tabela adaptada de Lehnus (1978), a primeira letra do primeiro sobrenome da autora (L) é 4

Portanto: A44734

De acordo com o exemplo apresentado, os demais autores citados no exemplo ficam da seguinte forma: 

Lúcia Machado de Almeida

A4474

Pois: 

Na tabela Cutter-Sanborn, Almeida é A447

Na tabela adaptada de Lehnus (1978), a primeira letra do nome da autora (L) é 4

Portanto: A4474

Manuel Antônio de Almeida

A4475

Pois: 

Na tabela Cutter-Sanborn, Almeida é A447

Na tabela adaptada de Lehnus (1978), a primeira letra do nome da autora (M) é 5 

Portanto: A4475

3.1.5 Conforme exposto no item 3.1.4.1 do exemplo, caso existam dois ou mais autores com o mesmo sobrenome, nomes iguais e/ou que a primeira letra dos nomes tenha o mesmo dígito adicional, deve-se inserir um novo dígito. Para nomes compostos, deve-se considerar a primeira letra do segundo nome, para nomes simples, deve-se considerar a segunda letra do nome. 

Exemplo:  

Ana Maria Machado

Antônio de Alcântara Machado

Ambos os autores possuem obras sob a mesma classificação

Os dois autores possuem o nome começado com a letra A 

Portanto, nos termos deste documento, a notação fica da seguinte forma: 

Ana Maria Machado

M1491  

Pois: 

Na tabela Cutter-Sanborn, Machado é M149

Na tabela adaptada de Lehnus (1978), a primeira letra do nome da autora (A) é 1

Portanto: M1491

 

Antônio de Alcântara Machado

M14911

 Pois: 

Na tabela Cutter-Sanborn, Machado é A149

Na tabela adaptada de Lehnus (1978), a primeira letra do nome da autora (A) é 1

Como a primeira letra do nome do autor coincide com o da autora Ana Maria Machado, considerou-se a primeira letra do  primeiro sobrenome do autor (A), Alcântara, que na  tabela adaptada de Lehnus (1978), é 1. 

Portanto: M14911

 

3.1.6 A conversão deve respeitar a ordem alfabética conforme o nome dos autores, no entanto, para obras incorporadas a partir de maio de 2024 e que posteriormente se enquadrem na situação descrita neste documento, pode-se considerar a ordem de aquisição, não precisando de alteração na notação das obras que já façam parte do acervo. Nestes casos, deve-se alterar somente as obras a serem incorporadas. 

3.1.7 Ressalta-se que até o mês de maio/2024 foram revisadas todas as obras que se enquadram nas condições deste documento e estas terão seus registros alterados no sistema de gerenciamento de acervo, Pergamum. 

4 As alterações na notação de autor propostas neste documento devem ser realizadas apenas quando: 

a) Os autores tiverem o mesmo sobrenome e; 

b) As obras destes autores estiverem sob a mesma classificação e;

c) Se nas estantes as obras destes autores ficarem intercaladas entre si, perdendo o sentido da relação: autor - obra. 

 

4.1 Caso a obra não atenda aos 3 critérios, deve-se manter a notação de autor com o máximo de 03 (três) algarismos, conforme estabelece o Manual de Processamento Técnico dos Acervos das Bibliotecas do IFSP (Portaria n° 2.660/2015). 

4.1.1 As medidas expostas neste documento devem ter tomadas apenas quando não há possibilidade de serem evitadas. Portanto, caso as obras atendam apenas aos critérios das alíneas A e B, mas não fiquem intercaladas das estantes, deve ser mantida notação de autor com 03 algarismos.

5 Nos registros em que o cutter do Campus Votuporanga possuir 4 ou mais algarismos na notação de autor, deve-se indicar no campo 590 (Nota Local): A Biblioteca do Campus Votuporanga definiu a partir de junho de 2024, por meio de comunicado, que as obras de autores com o mesmo sobrenome e sob o mesmo número de classificação possuirão 4 ou mais algarismos na notação de autor, tendo por objetivo manter a relação: assunto - autor nas estantes.

6 Na existência de casos não contemplados por este documento, a situação será analisada pela Coordenadora da Biblioteca do Campus Votuporanga do IFSP. 

 

Referência: 

TONELLO, D. A elaboração da notação de autor na Biblioteca Eduardo Haute: um estudo de caso. 2020. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) - Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020. Disponível em:  https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/229587/001131059.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 29 maio 2024.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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