Docente defende tese de doutorado de relevância para a indústria de petróleo e gás
Eli Jorge da Cruz Júnior estudou 6 meses na Universidade de Padova (Itália)
No dia 7 de maio, o professor Eli Jorge da Cruz Júnior recebeu a portaria 1.856/2020, que crava o seu retorno às atividades no Câmpus Votuporanga do IFSP. Entre fevereiro de 2018 e março de 2020, o docente esteve afastado para dedicação aos estudos de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Unesp Ilha Solteira, onde defendeu, no dia 19 de fevereiro deste ano, a tese “Aplicação de Níquel como metal de adição na soldagem de placas de aço inoxidável superduplex UNS S32750 com laser pulsado Nd: YAG”.
A ocasião contou com a presença de Irene Calliari, professora do Departamento de Engenharia Industrial da Universidade de Padova, na Itália, pesquisadora que realizou visita de cortesia ao Câmpus Votuporanga na antevéspera da defesa.
Fernando Jabur (engenheiro), Vicente Ventrella (orientador da tese) e Eli da Cruz Júnior acompanham Irene Calliari em visita ao Campus Votuporanga
A banca de defesa também foi composta por mais três professores da Unesp: Vicente Afonso Ventrella, orientador do trabalho apresentado e especialista em soldagem, Antônio de Pádua Lima Filho e Juno Gallego. Por videoconferência, participou Andrea Zambon, diretamente da Universidade de Padova.
A duração total dos estudos de doutorado foi de 30 meses. O professor Eli da Cruz Júnior conta que se esforçou para concluir o curso antes do prazo de 48 meses. “Desde o início, esforcei-me para cumprir as exigências do programa o mais rápido possível. Com 15 meses, já havíamos publicado parte dos resultados em um periódico internacional. Por estar afastado, pude me dedicar integramente aos estudos, e sabia que o quanto antes voltasse, um colega poderia ter a oportunidade de participar do programa de capacitação”, contextualiza o docente.
No dia da defesa da tese, Irene Calliari, o jovem doutor Eli e os professores unespianos Vicente Ventrella e Juno Gallego
Eli também participou das conferências ESSC & DUPLEX 2019, em Viena, na Áustria, e 10º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação (COBEF), em São Carlos-SP. O Doutorado sanduíche Unesp/Padova permitirá que seu título tenha reconhecimento pelas duas universidades.
A princípio, o docente teria passado 3 meses na Itália. Ao concorrer a uma bolsa de estudos europeia chamada "Young Professors and Researchers from Latina América", do Coimbra Group, pôde retornar para mais 3 meses de estudos. O produto é uma tese acadêmica que contribui para o desenvolvimento da indústria de petróleo e gás, além de 2 artigos científicos em periódicos internacionais e 1 capítulo de livro.
Em entrevista ao IFSP, Eli também conta sobre os impactos da pandemia do novo coronavírus na Itália:
IFSP – Você teve duas passagens recentes pela Itália, antes que houvesse o início do contágio do novo coronavírus. Você mantém contato com a professora Irene Calliari? É possível dimensionar o impacto da pandemia no campo da pesquisa no Departamento de Engenharia Industrial da Universidade de Padova?
Eli – Todas as atividades presenciais ficaram suspensas durante a pandemia. Mesmo com todo esforço para trabalho remoto, muitas das pesquisas exigiam práticas de laboratórios. Muitos prazos tiveram que ser revistos. Mesmo com o retorno gradual as atividades presenciais, o ritmo de trabalho ainda está comprometido.
IFSP – A conclusão do seu período de afastamento coincide com a crise sanitária e a suspensão das atividades presenciais no IFSP. Até mesmo esta entrevista, que seria noticiada em abril, atrasou por conta do Câmpus focalizar energias no fluxo comunicacional com estudantes e familiares. Neste momento, o IFSP segue com o calendário acadêmico suspenso. Quais suas expectativas, na condição de educador, para quando houver o retorno às atividades presenciais?
Eli – Não vejo a hora de poder ministrar uma aula presencial novamente. Espero que toda essa experiência possa refletir em aulas de mais qualidade. Quero poder transmitir aos alunos conhecimentos e experiências da melhor forma possível.
IFSP – Especificamente, após a conclusão do doutorado, quais são os seus planos no campo da Pesquisa e Extensão? O que os estudantes podem esperar?
Eli – O doutorado permitiu a abertura de muitas linhas de pesquisa. Pretendo submeter um projeto de bolsa de iniciação científica a alguma entidade de fomento (FAPESP, CAPES). Também, nuclear um grupo de pesquisa em soldagem. O tempo que estudei na França (durante a graduação) e na Itália (durante o doutorado) me permitiu estabelecer um bom network, no sentido de viabilizar convênios para que os alunos do IFSP Votuporanga possam fazer intercâmbios nesses países.
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